Mais que uma vez ouvimos a expressão Glocal. Significa ajustar localmente campanhas ditas globais, que deveriam ser veiculadas da mesma forma em todo o mundo, ou em todos os mercados em que a marca está presente. A ideia de adaptação local ganha forma quando existem necessidades de "ultrapassar" alguns obstáculos culturais, de língua ou outros.
Eis alguns exemplos:
- Promover o Fiat Uno na Finlândia foi problemático...Como fazer para convencer as pessoas a comprar um carro que em finlandês significa "imbecil"?
- O Mitsubishi Pajero em Espanha não foi mais fácil, pois "pajero" significa "homossexual".
- Em França, Toyota MR2, lê-se "emmerdeur" o que em francês é o mesmo que dizer "grande chato".
- Em Portugal, o Opel Ascona teve óbvios problemas de marketing, claro...O mesmo se passou com o "Citroen AX", pois houve quem pensasse que era para fumar (haxixe). Pior ainda foi o desodorizante AXE.
- No EUA, foram lançados uns normalíssimos cereais para crianças denominados "Crapsy Fruit"... "Crap" em inglês é "Porcaria", para não dizer outra coisa. Como foi possivel?...
- No Japão, uma empresa local em busca de glamour para a sua marca de roupa feminina, adoptou a expressão francesa "femme de menage", não tendo em conta que, em Paris, uma marca que significa "mulher-a-dias" deveria ter pouca aceitação perante as consumidoras mais sofisticadas.
Mas não acaba aqui...
- A empresa produtora de jogos e consolas SEGA, teve tempos difíceis em Itália pois "SEGA" em italiano é "masturbação", o que é um aborrecimento para os pais que têm que admitir que os filhos "são viciados na SEGA...".
- Na Alemanha, o creme de rosto Estée Lauder "Country Mist", não deve dar muita vontade de espalhar na cara pois significa "Bosta de campo"...
- Por fim, poderemos afirmar que comercializar a nossa cerveja "Super Bock" na Turquia seria no mínimo bastante polémico. Porquê? Bem...é que em turco "Bock" significa "Sexo"!
Afinal, ser publicitário pode mesmo ser muito complicado...
in Markcomms
Sem comentários:
Enviar um comentário