Na minha opinião, e segundo o que vou observado em certas zonas no pais, as empresas e respectivos gestores vão mais uma vez preferir apostar na área comercial não qualificada ao invés de profissionais qualificados e com pensamento estratégico que igualmente atingiriam o objectivo dos mesmos neste momento: A venda.
Diana Melo (alumni CO)
O mundo tornou-se mais rápido, virtual e efémero. Existe uma evolução exponencial naquilo que à comunicação diz respeito. A web 2.0 como a conhecemos está a chegar a uma fase de transição ou mutação, pois os consumidores querem mais, as empresas ambicionam muito mais. Enquanto muitas empresas estão neste preciso momento a criar perfil virtual num rede social, para que possam ter uma maior visibilidade junto dos consumidores, no outro lado do planeta já existem outras empresas a tentar mudar os seus comportamentos em todas as redes sociais que estão registados, a tentar encontrar o ovo de ouro que ainda não foi inventado pois sabem que a qualquer momento vai surgir outro. A disparidade actual parece abissal entre grandes e pequenas/medias empresas, no entanto outro paradigma se levanta em Portugal.
A inexistência de capital social mínimo de 5000 euros para constituição de empresas vai criar um Boom avassalador certamente em 2011, cujas consequências ainda estão para ser vistas. No entanto, todos os jovens conhecedores da envolvente económica que assola o país, vêem esta como a sua oportunidade, pois de certeza que as ideias são muitas. Estes jovens já vêm preparados, pois sabem como se comunica hoje em dia, sabem a força da internet e sabem a fraqueza da comunicação tradicional.
2011 promete ser um ano de empreendedorismo e de inovação (3.0?). O consumidor vai continuar a ganhar terreno, vai começar a querer deliberar o caminho das marcas. O Carpe Diem é cada vez mais levado inconscientemente à risca pelas pessoas, pois hoje gostam disto e amanha vão acordar a querer consumir aquilo. As suas expectativas são mutáveis e exponenciais. As empresas necessitam adoptar posições próximas daquilo que os consumidores querem, aprender com eles, responder-lhes. Será que a lealdade e fidelização ainda existe? Será que é pertinente pensar-se que sim? No mundo em que vivemos hoje, onde tudo vem e tudo vai num simples piscar de olhos.
É preciso parar, escutar e olhar...mas é necessário avançar muito mais rápido, pois o comboio que passou deixou o caminho aberto para o outro que vem logo colado a ele (mais imponente e evoluído), e nós não queremos ficar ali especados simplesmente a vê-los passar.
Frederico Belchior (alumni CO)
(continuem a enviar as vossas previsões nesta matéria)
O problema da comunicação está no facto de ser comum pensar-se que qualquer um a pode desenvolver. E é verdade. Qualquer um escreve umas palavras, fazer uns folhetos, ou opina sobre a qualidade de uma imagem. Como qualquer um também pode fazer contas, servir à mesa, entrevistar, tirar umas fotografias, cuidar de crianças, ensinar... Só os resultados poderão mostrar a diferença entre ter quem sabe fazer e quem pode desenrascar.
A principal dificuldade que sinto no contacto com as empresas é mesmo este. Os gestores não estão sensibilizados para a importância desta actividade. O negócio pode estar a correr mal, os clientes a deslocar-se para a concorrência... mas a culpa é das grandes marcas, que atropelam os mais pequenos.
Todos os negócios mais antigos que agora se definham, já foram grandes e fizeram muito dinheiro. O problema foi terem pensado que havia de ser sempre assim e deixaram-se estar...
Permitam-me o paralelismo.
Quanto melhor conhecermos o funcionamento do nosso corpo, melhor poderemos satisfazer as suas necessidades, aumentar o seu rendimento e longevidade. O sangue transporta o oxigénio e os nutrientes necessários ao funcionamento dos órgãos. É o desempenho dos vasos sanguíneos e a qualidade do que transportam que define o nosso estado de saúde.
Uma empresa bem sucedida é aquela que presta muita atenção à forma como funciona e faz depender as suas vantagens competitivas do desempenho dos seus principais activos: as pessoas. É a acção da comunicação que faz a ligação entre os activos e serviços de uma organização. É pela comunicação que transportamos as mensagens de entendimento, recolhemos e respondemos às necessidades dos colaboradores e clientes.
Mas o problema mantém-se. Tal e qual como na saúde que, por ser - erradamente - percebida como um dado adquirido, ignoramos as consequências dos nossos maus hábitos por parecem inofensivos. Acontece que os problemas normalmente aparecem "inesperadamente" e quando já há pouco a fazer.
Podemos, tal como numa dieta ou num tratamento médico, avaliar os resultados a curto prazo, mas o maior retorno da comunicação está a médio e longo prazos, porque é apenas ao longo do tempo que podemos aferir a saúde de uma marca, sua notoriedade e capacidade de reagir às adversidades.
Nos últimos episódios da 3ª série de Mad Men, Don Drapper (o génio da publicidade) confessa que é um mau gestor de contas (account - gestor de clientes). É um excelente criativo e gestor de projectos, mas não sabe relacionar-se com os clientes. Pode desenrascar? Claro. A empresa torna-se mais dificiente nessa área? Claro.
Cada macaco no seu galho... não é o que se diz? Continuemos então a ignorar a importância e a especificidade da actividade de comunicação e mais tarde ou mais cedo acontece o (in)esperado.
Este artigo está excelente e por isso tenho de o partilhar por completo neste blog.
Do MKTONLINE por Ana Paula Cruz
A criatividade e a operacionalidade na estratégia de comunicação
A capacidade das marcas contarem histórias e a co-criação são hoje de especial relevância no planeamento estrategico de sucesso. Por sua vez, o planeamento operacional tem que responder a essa criatividade.
Encerrando a temática de artigos sobre o planeamento estratégico em comunicação, importa falar sobre a componente criativa e sobre as questões mais operacionais do plano estratégico de comunicação.
A sobrecarga de comunicação a que estamos sujeitos, de carácter comercial (como as campanhas de publicidade ou as acções de guerrilha), ou mesmo de carácter institucional (como as actividades de responsabilidade social, de gestão de reputação e noticiosa), traz consequentemente a saturação dos públicos-alvo das marcas e dos stakeholders das empresas.
Este facto, associado a um crescente distanciamento das novas gerações face aos grandes Media, traz uma maior barreira na relação entre as marcas e os seus públicos. Felizmente, as marcas de sucesso sabem, já hoje, que a única forma de ultrapassar essa barreira é serem criativas. Criatividade, contudo, é um termo lato e ainda hoje muitos publicitários acreditam que criar um novo filme com uma mensagem publicitária “mais criativa” é suficiente... E dizer-se que as agências precisam de voltar às grandes campanhas (publicitárias) é apenas uma perspectiva limitada da questão.
O que significa então, hoje, ser criativo em comunicação? Seja na publicidade, na guerrilha, ou nas acções de comunicação institucional? Não há uma resposta única, mas sim uma infinidade de respostas.
A capacidade da marca contar histórias é uma das respostas criativas. Histórias que prendam, que dêem vontade de seguir, que façam espalhar a palavra e levem novos consumidores a quererem ver e seguir. Recordo a campanha de lançamento do Volvo S40, do mistério que encheu jornais e fez pessoas escreverem blogs e colocou até experts em psicanálise a discutir o assunto.
http://www.youtube.com/watch?v=toD0WzAbb3I - A história que aqui está resumida foi contada aos poucos, fazendo com que muitos ficassem na expectativa de próximos episódios reveladores. E a verdade é que uma campanha publicitária com a mesma abrangência mundial seria muito mais onerosa e com muito menos resultados.
Numa forma diferente, divertida e interactiva, recentemente a tippex fez uma campanha que levou milhões a segui-la, nas imensas possibilidades interactivas que apresenta (96, ouvi dizer, mas só explorei umas 30, tendo influenciado muitas mais pessoas a ir à procura de outras): http://www.youtube.com/watch?v=4ba1BqJ4S2M. A adesão tem sido massiva e um good will face à marca foi criado, significando resultados muito positivos.
Veja-se ainda o caso das campanhas publicitárias da Vodafone na Índia (e que já expandiu para a África do Sul) com os seus zoozoos, não animações mas pessoas reais em fatos de zoozoo. http://www.youtube.com/watch?v=cGqndA5F3i8. Mais uma vez todos na expectativa do próximo anúncio...
Para auxiliar as marcas nesta tarefa de serem criativas já não basta “a bunch of guys around a table” em sessões de brain storming, encerrados em agências. Hoje, abrir hipóteses à co-criação (com os Prosumers a desenvolverem-se, no seu sentido de Professional Consumer e de Producer Consumer) é uma forma eficaz de garantir maior criatividade e participação activa dos públicos na vida da marca e com isso assegurar pessoas apaixonadas por ela.
Já são muitos os portais de crowdsourcing que chamam à participação criativa da multidão na vida da marca, do design à inovação de produto, das estratégias de marketing aos estudos de mercado. Este será o caminho sem retorno da criatividade.
Posteriormente à definição de uma criatividade eficaz, há que pensar no planeamento operacional, no fundo, na implementação de toda a estratégia.
Há que pensar bem os macro-tempos da comunicação e elaborar um resumo estratégico coerente: em quanto tempo a estratégia deverá ser implementada, em quantas fases e porquê, que objectivos se cumprirá em cada fase e com que recursos.
Finalmente, condicionados pelos objectivos e budget disponível, define-se a que técnicas de comunicação recorrer, equilibrando a nossa opção entre técnicas de efeitos a curto e de efeitos a longo prazo. A escolha deve igualmente ser ponderada pelas capacidades que cada técnica tem de fazer cumprir os objectivos.
De seguida, as acções de comunicação virão pôr em acto a componente criativa, mas só deverão entrar em plano se, e só se, cumprirem algum objectivo. Caro que se não cumprirem um objectivo é porque há uma acção a mais ou um objectivo a menos.
Como já referi noutro artigo, os objectivos são como que a prova dos nove do planeamento estratégico. Em função deles se medirá, no final do planeamento estratégico, a eficácia das acções. A avaliação das técnicas/acções de comunicação, encontram-se também elas em fase de expansão e de re-equação. Os velhos “GRPs” da publicidade já não são suficientes para medir a eficácia da criatividade e facto é que novos formatos de avaliação se estão já a implementar em todos os quadrantes (veja-se o desenvolvimento das métricas de reputação online).
Seremos seguramente surpreendidos com a reputação da nossa marca no momento em que a resolvermos medir online.
A Oni Communication tem 271 trabalhadores e 95% pertencem aos quadros da empresa. A estabilidade é ponto de honra para Xavier-Martín, CEO da empresa, que aposta numa gestão emocional da sua equipa. Diz o líder que a paixão e o envolvimento dos colaboradores faz toda a diferença no sucesso do negócio.
Estabilidade, integração nos quadros, qualificação e formação permanente, mas sobretudo paixão pelo que fazem, motivação, proatividade e comprometimento com os valores empresariais são, segundo o CEO que acredita que “a felicidade tem uma vantagem competitiva”, as grandes vantagens de trabalhar na Oni. E Xavier Martín tem bem estruturado aquilo que faz os seus funcionários felizes.
Desde 2007 que todas as segundas feiras os colaboradores da Oni ao abrirem o seu laptop têm uma mensagem do seu presidente, esteja ele de férias ou não, com vários tema-as para refletir e debater. A meta, diz Xavier Martin, é “mobilizar a equipa e fazê-la perceber que é importante para o seu presidente falar com eles”. Para o CEO, “se não houver metodologia nisto o feitiço pode virar-se contra o feiticeiro e os meus colaboradores vão achar que nesse dia eu tenho coisas mais importantes para fazer. É imperativo não falhar porque a paixão contagia-se”.
Uma amiga minha enviou-me um conjunto de critérios a que a entidade onde trabalha está sujeita para conseguir a certificação de qualidade. Como curioso que sou li os mais de 150 indicadores e concluí que a satisfação dos mesmos depende directa e indirectamente da eficácia e bom funcionamento de duas áreas: comunicação interna e marketing.
Acredito que estes indicadores sejam diferentes de norma para norma, mas o núcleo não deve divergir muito. Trata-se de mais uma grande oportunidade de trabalho: a gestão da qualidade. Investiguem e partilhem.
Nas nano-micro-pequenas-empresas a identificação de funções, orientação de tarefas, circulação de mensagens... tem a facilidade de se processar de boca em boca. É uma equipa pequena. Provavelmente estão todos na mesma sala e, neste sentido, pode não fazer sentido introduzir instrumentos de comunicação mais formais. Talvez o e-mail para reforçar e arquivar informação.
Neste cenário, como pode um profissional da comunicação interna acrescentar valor na empresa? Que argumentos podem compensar a preocupação com mais um salário, mais um custo mensal para as contas da empresa?
Temos de ser realistas. Quando as empresas estão a começar, as suas prioridades estão no desenvolvimento de produtos e serviços, na penetração de mercado, no contacto com o cliente. Em síntese, em fazer dinheiro. E ainda bem que assim é. Sem dinheiro não há investimento, não há novas contratações, não se colocam novos desafios estruturais de crescimento.
É tudo verdade. Mas há outras verdades.
A comunicação interna não é apenas uma função que se baseia no estudo e concepção de meios e instrumentos que façam circular as mensagens certas pelos alvos certos. É também uma função a que se pede a compreensão do nível de satisfação e motivação dos colaboradores. Das suas necessidades pessoais e de auto-realização. É uma função que procura o bem-estar das pessoas e que estimula a sua melhor produtividade, empenho e sucesso.
Mas talvez estes argumentos também não cheguem. Voltemo-nos então para o desafio de uma nova profissão. Continuemos a pensar numa forma de cruzar a actividade do profissional de comunicação interna com a actividade do gestor de formação interna.
Uma vez que os conhecimentos que podem potenciar esse cruzamento de saberes num só profissional, já foram introduzidos no artigo anterior, fiquemos pelos argumentos que podem sustentar a introdução deste profissional numa empresa pequena.
Se o mau relacionamento, mal entendidos, insuficiente comunicação e conflitos silenciosos não forem para já situações identificadas nem sejam, no momento, prioridades que justifiquem investir para que nunca venham a ser problemas significativos, com toda a certeza que o crescimento e desenvolvimento contínuo de novas competências dos trabalhadores o são.
Sem querer estar a caracterizar a importância e implicação que a formação interna e contínua tem na capacidade competitiva da empresa, importa salientar e fomentar o desenho da estrutura organizacional respondendo a estas qustões: como é que podemos investir continuamente na qualificação das pessoas? Como é que o podemos fazer sem que para isso tenhamos prejuízos na rentabilidade e concentração dos mesmos nas suas tarefas, durante esse processo? E, acima de tudo, como é que podemos investir com qualidade, sem que para isso se coloque em causa a sanidade do balanço de contas?
As respostas, a meu ver, concentram-se numa só. Através de um planeamento contínuo de comunicação interna e aprendizagem informal.
Como podem os trabalhadores aprender uns com os outros? Que estratégias, que acções, meios e instrumentos podem ser criados e utilizados para fomentar a aprendizagem contínua, a colaboração, a inteligência de grupo, a co-criação? Como explorar a atractividade dos novos media para atingir esses objectivos? Como é que esse trabalho pode funcionar para a melhoria de resultados individuais e colectivos?
Como colocar os trabalhadores a aprender, a produzir, a criar mais e melhor e continuamente? Como identificar as necessidades, as soluções e as condições de aprendizagem adequadas a cada um? Que esforço deve ser realizado em formação informal (condições de aprendizagem como parte integrante do funcionamento da actividade de cada um) e em formação formal (acção de aquisição de soluções externas)?
Como acompanhar e avaliar o retorno desse esforço? Como incentivar e fomentar o desejo da aprendizagem contínua como um valor cultural da empresa?
É verdade que a função de gestão de recursos humanos já se ocupa de algumas destas questões, mas não podemos ignorar que estes profissionais têm, geralmente, uma formação voltada para processos administrativos e as pessoas, apesar de identificadas como recursos, exigem outros estudos e uma perspectiva de relacionamento complementar a essa formação.
Que função pode cruzar estudos sobre comunicação organizacional, marketing interno, comunicação interna, gestão de recursos humanos e gestão da formação interna?
Que eu conheça não há, actualmente, algum curso configurado para desenvolver todas estas competências num só profissional. Mais vale a pena discutir a sua pertinência.
Quanto mais aprofundo o meu conhecimento nesta área mais me apaixono. Vamos por partes:
A comunicação organizacional permite-nos compreender as estruturas organizacionais através do complexo fenómeno da comunicação humana. Uma empresa tanto comunica para fora como para dentro, premeditadamente, espontaneamente e até sem consciência de o estar a fazer. Que ligação existe entre a comunicação externa e a comunicação interna? Como se desenvolvem, como se controlam, planeiam, potenciam, acompanham? Todo este trabalho é importante, porque a comunicação é o maior instrumento de gestão de pessoas e de resultados.
O marketing interno procura responder a um princípio básico: como é que uma organização pode superar as suas metas, satisfazendo as necessidades profissionais e pessoais dos seus principais clientes: os colaboradores? Como vender a missão, a visão, os valores e as estratégias elaboradas para atingir os resultados operacionais necessários?
Envolvendo as pessoas, desenvolvendo as suas capacidades, implicando e fidelizando-as ao seu local de trabalho.
A gestão de recursos humanos no geral e a comunicação interna em particular, têm essa missão. Todos os instrumentos e desafios na grh procuram a eficiente administração e obtenção dos melhores resultados de produtividade individuais e colectivos. Mas a comunicação interna tem um papel fundamental na condução de todas essas operações. É a actividade que gere e acompanha o fluxo de mensagens do topo para a base, desta para o topo e entre todos os colegas. É como o sangue que leva o oxigénio e nutrientes que os nossos órgãos necessitam para funcionar.
É através da comunicação interna que se pode identificar e diagnosticar com maior profundidade as necessidades formativas dos colaboradores.
E assim chegamos à gestão da formação interna, que procura descobrir soluções adequadas para desenvolver e actualizar o conhecimento acumulado pelos colaboradores. A formação contínua é essencial num mundo que está em constante mutação. Mas apesar de pensarmos que a aquisição de conhecimento novo apenas se pode fazer recorrendo à compra de formação formal, ou seja, a entidades externas de formação profissional, na verdade existe todo um potencial muito mais significativo na formação informal - a que se produz internamente.
O desenho da instituição, isto é, a caracterização do seu funcionamento e tarefas, deve estar de acordo com as exigências da aprendizagem do ser humano. Há todo um sem número de estratégias criativas e eficazes que podem conduzir um processo contínuo de aprendizagem colaborativa e de auto-aprendizagem, onde os custos são muito menores que os praticados com a formação formal e, segundo se vai apresentado, muito mais eficazes.
À luz dos resultados alcançados pela Regus, o aumento salarial não pesa como sendo decisivo para a retenção destes colaboradores. A empresa assume mesmo que para os profissionais de hoje, mais importante que o salário é a capacidade de comunicação da administração. Cerca de 41,7% dos entrevistados assumem que não ficariam numa empresa onde haja falta de comunicação por parte da administração. inExpressoEmprego
As pessoas têm dificuldade em entender-se. Processam a vida de forma diferente e encontram caminhos vários para atingir os mesmos objectivos. As organizações são feitas destas pessoas que constituem não só o seu capital mais importante, como a sua maior vantagem competitiva. Os produtos e os serviços podem ser copiados com maior ou menor facilidade, como as estratégias e as tácticas no futebol, mas não se replica a força de um grupo organizado e motivado.
Tratar os colaboradores como o primeiro cliente é alavancar esforços para a satisfação das suas necessidades e reconhecer a importância de criar programas de gestão interna, que procurem atingir os objectivos profissionais do indivíduo e da organização.
A Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa é uma entidade autónoma, independente e sem fins lucrativos, que representa e defende, no País e no estrangeiro, os interesses dos seus associados, em particular dos gestores e técnicos da Comunicação Organizacional e das Relações Públicas em Portugal, incluindo os porta-vozes. Constitui-se como um fórum de discussão e reflexão aberto a todos os interessados nas ciências da Comunicação, seja no sector empresarial, seja no domínio educativo.
A Escola Superior de Educação de Coimbra, e em particular o curso de Comunicação Organizacional, valoriza uma estreita ligação aos seus Diplomados. Assim, vimos informar que a partir de agora existe um novo canal de comunicação com a licenciatura de Comunicação Organizacional da Escola Superior de Educação de Coimbra: https://www1.esec.pt/curso/co
Temos a tendência para descuidar a afirmação da missão da organização. Enquanto estudantes, procuramos identificar a declarações de missão, visão e valores, como um passo, que tem de ser dado, mas cuja importância não nos é clara. Depois, enquanto profissionais, escrevemos e publicamos estes passos de uma forma principiante, sem estratégia.
Dois exemplos, um que respeita a falta de estratégia, outro que em tudo marca o seu posicionamento e clara diferenciação da concorrência.
Duas instituições de ensino superior.
A A missão do PP é ser líder no ensino superior politécnico em Portugal, assumindo-se como comunidade socialmente responsável que – num quadro de referência internacional – procura a excelência na formação de cidadãos de elevada competência profissional, científica, técnica e artística numa ampla diversidade de perfis de qualificação; no desenvolvimento da investigação e transferência aplicada de tecnologia e de conhecimento; na criação e difusão da cultura; e no compromisso com o desenvolvimento sustentado da região.
B É missão do CRP produzir e partilhar conhecimento científico, inovador e socialmente relevante, ao serviço do desenvolvimento integral da pessoa e em prol do bem comum.
A missão não é o que a instituição faz ou como faz, mas que benefício produz.
Por exemplo, é missão vender água ou matar a sede? Matar a sede é o benefício, a proposta de valor de uma empresa de bebidas. As pessoas não querem gás, nem electricidade, querem uma casa quente, banhos quentes, comida cozinhada, etc, etc.
Já li isto algures, a propósito de um discurso de um presidente: Desculpem, mas não tive tempo de escrever um discurso mais curto.
Uma boa missão identifica o benefício central, dizendo muito com pouco. É diferenciadora e marca a sua intenção de posicionamento perante o seu mercado (consumidores, concorrência). É mais um processo de comunicação organizacional, que se exige estratégico e fundamental também para a cultura da organização, assim como identifica o objectivo central no qual todos os colaboradores devem acreditar e pelo qual se devem debater.
O bom é aquele que consegue criar as necessárias sinergias entre os seus colaboradores, potenciando os seus saberes em conjunto e, em segundo lugar, é aquele que tem uma visão aberta mas assertiva sobre o serviço e/ou instituição que estimule o seguimento e a participação dos colaboradores na perseguição desses objectivos globais.
O mau é o oposto. É aquele que não tem um plano de evolução para cada um dos seus colaboradores, que não sabe criar sinergias entre si e que não tem uma perspectiva organizacional de longo alcance.
Porquê um artista da comunicação? Porque é esta que dita as nossas relações, sejam pessoais ou organizacionais e, por consequência, a comunicação é uma ferramenta de gestão.
Vídeo engraçado... Porque devem os estudantes escolher o curso de Comunicação Organizacional? "Excepto talvez nas áreas da saúde e engenharia, todas as outras dão desemprego certo, por isso, antes de pensar se vão ter emprego, devem querer fazer um curso pelo simples exercício de querer aprender uma actividade..."
Que raio de forma de estímulo. Posso tentar?
Haverá organização que não precise de comunicar com os seus colaboradores? De perceber como alanvancar a satisfação e o empenho destes na perseguição dos objectivos organizacionais? De analisar as causas de conflitos, de gerir as insatisfações, as reclamações e as sugestões da sua comunidade interna? Haverá organização que não precise comunicar com o seu exterior? Com os orgãos de comunicação social, accionistas e outros stakeholders? De identificar melhor as necessidades dos seus clientes para melhor os satisfazer? De saber o que comunicar, como, quando e a quem comunicar de forma a dar a conhecer diferenciadamanente?
Penso que não. O desemprego existe e é um facto, mas não para aqueles que souberem gerir a comunicação quer interna, externa e de marketing, de maneira inteligente e apresentar expressivamente o valor deste saber.
Já agora, uma outra observação... As Instituições de Ensino Superior (principalmente os Politécnicos) têm a missão de ensinar para a empregabilidade, ou seja, dar às empresas os recursos humanos de que precisão.
E um conselho... Enquanto estudantes, o nosso dever é procurar, deste o primeiro ano, compreender o mercado de trabalho, fazendo várias aproximações. Façam estágios de integração, 1 dia por semana, uma tarde, qualquer coisa. A preocupação em arranjar emprego não deve começar só depois de acabar o curso. E pensem/acreditem sempre no curso/formação que têm como a vossa maior força.
Tenho percebido que existe alguma confusão entre o que significa comunicar para fora e comunicar para dentro da organização. Não pelos públicos, porque isso já parece óbvio, mas pela natureza da função. Não se pode entender comunicação interna com o mesmo estilo/natureza da mensagem utilizada na comunicação institucional/corporativa. Nem esta com comunicação de marketing.
A comunicação corporativa é a disciplina da comunicação que terá maior influência nas decisões que partem do topo na cadeia de gestão das organizações em 2011, posição até agora ocupada pelo marketing.
Qualquer organização reúne vários públicos. Consideramos público externo os clientes, os fornecedores, a comunidade envolvente, a comunicação social, entre outros. O público interno são os funcionários que constituem a organização nos seus vários níveis. Devemos servir cada um deles de forma diferente e/ou igual sempre que assim se justificar.
A comunicação institucional baseia-se na assessoria de imprensa/notas de imprensa, ou seja, o contacto com a comunicação social de forma a chegar ao público em geral, com o objectivo de lhes fazer chegar informação sobre a organização. Mas este tipo de comunicação deverá servir também o público interno, através de instrumentos de comunicação próprios.
Algumas questões...
Podemos considerar isto comunicação interna?
Se externamente entendemos que comunicação institucional é diferente de comunicação de marketing, qual o verso da medalha no contexto interno?
Organizações mais evoluidas já vão falando de Marketing interno, mas estarão a falar apenas de comunicação interna?
... e algumas observações.
Penso que ainda não se compreende o marketing interno como o processo que procura melhor satisfazer as necessidades dos colaboradores com vista a cumprir os objectivos organizacionais, mas sim por comunicação interna (e menos mal, também não são poucas que confundem mkt interno com acções de recursos humanos, como programas de formação). Que se percebe pois já vem do clássico erro das massas que esgotam a função de marketing, na comunicação/publicidade ou vendas.
Diferenciamos a comunicação de marketing da comunicação institucional precisamente por aquilo que se espera do público-alvo. A comunicação de marketing experimenta modificar o comportamento de consumo dos potenciais clientes. E por esta razão temos também de diferenciar a comunicação interna com objectivos informativos da comunicação de marketing interno.
Dito isto, podia conluir que podemos entender comunicação externa como a comunicação institucional VS comunicação de marketing ; e comunicação interna VS comunicação de marketing interno. Mas eu vou mais longe. 1º Não deverá haver comunicação sem marketing, porque é nele que cabe toda a gestão estratégica da organização e como tal toda a matriz comunicacional. 2º Todos os individuos têm uma personalidade definida. No mundo empresarial é o marketing que deverá procurar a melhor personalidade da empresa tanto para fora como para dentro. Ou não?
Pensei em escrever simplesmente uns votos de boas festas, mas antes disso, mas penso que o tema também se insere neste espirito natalício.
Talvez a maior parte de nós esgote a responsabilidade social das empresas como uma forma de melhorar a sua imagem na sociedade. Como uma forma de retribuir à sociedade aquilo que ela lhe tem dado (vendas e lucros). Não vou agora dizer o que é a responsabilidade social, apenas convidar-vos a ver "a coisa" também de outra perspectiva.
O papel de uma campanha de responsabilidade social numa empresa pode ser muito importante internamente. Todos nós gostamos de contribuir com algo para melhorar a vida daqueles que mais precisam. Não precisa ser dinheiro. Às vezes basta uma palavra de afecto. Envolver os colaborados numa acção de solidariedade pode reforçar o clima interno, procurar o espirito de equipa e melhorar a própria imagem da empresa aos olhos dos próprios funcionários.
Por outro lado, é uma forma de conhecer melhor as pessoas, deixando-as agir livremente criando algo em que acreditam e se sentem bem em fazê-lo. Este tipo de contribuição cria um equilibrio com a azáfama organizacional.
Há várias empresas que já criaram programas, associações, fundações, totalmente dedicadas ao tema da solidariedade com as pessoas e com o ambiente. Estas entidades, paralelas à empresa mãe, trabalham fundamentalmente com os seus funcionários voluntários.
Outras empresas limitam-se (não desvalorizando) a entregar grandes quantias de dinheiro para esta e aquela causa, mas perdem a oportunidade de envolver os seus colaboradores nesse esforço, criando uma verdadeira cultura solidária na organização.
O Natal é uma data óptima para reunir as tropas e fazer uma acção no terreno.
"Depois de vários anos de avanços e recuos, a Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa (APCE) apresentou ontem o primeiro código de conduta do Gestor de Comunicação Organizacional e RP, explicou ao briefing o presidente do conselho consultivo, Álvaro Esteves." mais aqui.