quinta-feira, outubro 07, 2010

Uma nova profissão?

Que função pode cruzar estudos sobre comunicação organizacional, marketing interno, comunicação interna, gestão de recursos humanos e gestão da formação interna?

Que eu conheça não há, actualmente, algum curso configurado para desenvolver todas estas competências num só profissional. Mais vale a pena discutir a sua pertinência.

Quanto mais aprofundo o meu conhecimento nesta área mais me apaixono. Vamos por partes:

A comunicação organizacional permite-nos compreender as estruturas organizacionais através do complexo fenómeno da comunicação humana. Uma empresa tanto comunica para fora como para dentro, premeditadamente, espontaneamente e até sem consciência de o estar a fazer. Que ligação existe entre a comunicação externa e a comunicação interna? Como se desenvolvem, como se controlam, planeiam, potenciam, acompanham? Todo este trabalho é importante, porque a comunicação é o maior instrumento de gestão de pessoas e de resultados.

O marketing interno procura responder a um princípio básico: como é que uma organização pode superar as suas metas, satisfazendo as necessidades profissionais e pessoais dos seus principais clientes: os colaboradores? Como vender a missão, a visão, os valores e as estratégias elaboradas para atingir os resultados operacionais necessários?

Envolvendo as pessoas, desenvolvendo as suas capacidades, implicando e fidelizando-as ao seu local de trabalho.

A gestão de recursos humanos no geral e a comunicação interna em particular, têm essa missão. Todos os instrumentos e desafios na grh procuram a eficiente administração e obtenção dos melhores resultados de produtividade individuais e colectivos. Mas a comunicação interna tem um papel fundamental na condução de todas essas operações. É a actividade que gere e acompanha o fluxo de mensagens do topo para a base, desta para o topo e entre todos os colegas. É como o sangue que leva o oxigénio e nutrientes que os nossos órgãos necessitam para funcionar.
É através da comunicação interna que se pode identificar e diagnosticar com maior profundidade as necessidades formativas dos colaboradores.

E assim chegamos à gestão da formação interna, que procura descobrir soluções adequadas para desenvolver e actualizar o conhecimento acumulado pelos colaboradores. A formação contínua é essencial num mundo que está em constante mutação. Mas apesar de pensarmos que a aquisição de conhecimento novo apenas se pode fazer recorrendo à compra de formação formal, ou seja, a entidades externas de formação profissional, na verdade existe todo um potencial muito mais significativo na formação informal - a que se produz internamente.

O desenho da instituição, isto é, a caracterização do seu funcionamento e tarefas, deve estar de acordo com as exigências da aprendizagem do ser humano. Há todo um sem número de estratégias criativas e eficazes que podem conduzir um processo contínuo de aprendizagem colaborativa e de auto-aprendizagem, onde os custos são muito menores que os praticados com a formação formal e, segundo se vai apresentado, muito mais eficazes.

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