segunda-feira, fevereiro 28, 2011

O marketing de Darwin

Darwin ficou conhecido pela sua teoria da selecção natural, ou seja, os animais que nasciam mais adaptados ao meio, teriam mais hipóteses de sobrevivência e, por consequência, passariam essas mesmas características às gerações vindouras (evolução das espécies). Por exemplo, um animal que se alimentasse de frutos, pequenos ramos e folhagens de árvores altas, precisaria de ter um pescoço tanto maior quanto possível e, nesse caso, sobreviveria aquele que tivesse essa característica mais evidenciada. Os outros acabariam por morrer.

Ao fim ao cabo, trata-se de uma evolução condicionada pelo meio e pela sorte ou azar de ter ou não ter as características necessárias para fazer a adaptação a esse (e talvez novo) meio envolvente.

Em marketing até podemos admitir que há negócios e empresas que nascem mais adaptadas e apetrechadas que outras. No entanto, não é certo que esse ponto de partida inicial condicione e influencie totalmente a capacidade umas das outras de conseguirem crescer e reivindicar o seu lugar no mercado. No plano empresarial, a evolução da entidade pode e deve acontecer durante o seu próprio ciclo de vida. Qualquer empresa pode aprender a adaptar-se a novos meios. Umas terão essa consciência e procurarão acompanhar os desafios que a evolução dos tempos e das tendências lhes colocam. Mas outras acabarão por se deixar levar, quer pelo facto de terem negligenciado o impacto das mudanças constantes, quer pela incapacidade de acreditar que poderiam desenvolver novos atributos.

Em todo o caso, é sempre possível dar a volta, seja pela via da formação contínua, seja pela contratação de novos gestores, etc. Também Darwin chegou a esta conclusão. Apesar de muito criticado, o investigador passou a acreditar que os animais também podiam evoluir em vida e passar essas novas características aos seus descendentes.

Mesmo que esteja errado para toda a comunidade de cientistas, não está para o mundo dos negócios.

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