sexta-feira, fevereiro 13, 2009

poder mostrar os dentes



Digam-me, o que há de mais importante no primeiro contacto que o exterior? O interior é que conta... palermices. Não funciona nem nas relações pessoais nem nas relações comerciais.

O exterior é tudo o que pode ser exteriorizado, um cheiro, uma palavra, um som, uma imagem, um gesto, and so on.

A minha pergunta é: Quanto vale poder mostrar os dentes? Sorrir, lá está. Vale muito. Para nos sentirmos bem, e, pelo menos logo no primeiro contacto, não desiludir. Por alguma razão gostamos de nos vestir, pentear, pintar, perfurmar, de acordo com aquilo que consideramos melhor nos beneficiar. Parece-me evidente.

No contexto organizacional, o primeiro contacto é importantíssimo. E, 99% dos primeiros contactos é feito através dos balcões/recepções/central de atendimento da empresa/instituição. Então quer dizer que as pessoas que "dão a cara" têm grande responsabilidade, pois delas depende uma boa primeira impressão. O outro lado da moeda é que estas pessoas são, por regra, as mais mal pagas de todos os quadros da empresa. Ou pior, as que resultam de processos de selecção menos aperfeiçoados e cujos planos de formação são os mais deficientes.

Pensa-se: Bem ele/ela trabalha na recepção, nem precisa ter curso e até pode ganhar o ordenado mínimo. Depois pede-se que saiba falar, escrever, desenrascar e resolver todos os problemas que por ali apareçam. E pior, que seja um trunfo na gestão de comunicação, pois é o que se deseja no que toca às complexas relações humanas.

Dois exemplos que provavelmente todos reconhecerão.

Exemplo 1: o funcionário da recepção de uma faculdade

Deve ser a pessoa com o ordenado mais baixo e a quem se pede o maior esforço, contacto com os alunos, professores e outros funcionários, visitantes, candidatos e mais qualquer coisa. Ora cada um é um público diferente, com caracteristicas diferentes e a quem se deve dirigir também de forma diferente. Por outro lado, a capacidade de dar resposta a um sem número de assuntos diferentes é fundamental. Pode ou não uma recepção influenciar uma uma candidatura? Contudo, o investimento numa recepção é, por norma, nulo.

Exemplo 2: o funcionário da segurança social

Isto é um pau de dois bicos. Se por um lado pede-se que aquele que esteja numa recepção tenha um conhecimento transversal das várias unidades, deve também pedir-se a uma pessoa que esteja fechada num escritório para contactar com o público? Temos conhecido o resultado.

Digo-vos que este assunto parece tão óbvio quanto descurado :( Para mim, aquele que for o local de primeiro contacto é muito valioso. Claro está que o conteúdo de uma embalagem também conta e ninguém gosta de se sentir enganado com tanta promessa. Mas são duas situações que devem ser altamente trabalhadas e harmonizadas.


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