sábado, novembro 11, 2006

Contabilidade I

BALANÇO

É um quadro comparativo entre o Activo e o Passivo e onde é demonstrada a situação económica – financeira na data a que o balanço diz respeito.
O balanço dá a conhecer o valor da empresa, não demonstrando no entanto o seu resultado, apenas apresenta e valor total, sendo a sua demonstração feita num outro documento chamado Demonstração de resultados.
O balanço é composto por duas partes que se encontram sempre em equilíbrio:

Activo: Capital Próprio + Passivo

Activo

Conjunto de bens e direitos que uma entidade possui.

A Activo pode ser dividido de acordo com várias ópticas:

- Activo Bruto ou Activo Liquido;
- Activo fixo + activo circulante;
- Disponibilidades + Existências + Dividas de terceiros + Imobilizações

Activo Bruto

No activo Bruto os valores dos diversos bens e direitos são registados ao custo histórico, ou seja, sem qualquer correcção ao valor inicial excepto no caso dos imobilizados que pode ja ter sido reavaliados.

Activo Liquido

No activo Liquido os valores dos diversos bens e direitos são registados líquidos das amortizações e das provisões.

Activo Bruto – (amortizações + provisões) = Activo Liquido

Activo fixo = Activo Imobilizado

É a parte do activo formada pelos valores que se encontram imobilizados, ou seja, que não entram no ciclo de exploração servindo apenas para apoiar a actividade da empresa. Estão neste caso os bens que permanecem no activo da empresa por períodos mais ou menos longos servindo quer como meios de produção, quer como fonte de rendimentos ou condições de trabalho.

Activo Circulante = Activo Corrente = disponível + realizável

São os activos não considerados fixos, ou sejam as disponibilidades, as dividas de terceiros e as existências. São um conjunto de bens patrimoniais de maneio e permuta. Também chamado de activo corrente que, com a evolução normal dos negócios, pelas compras, pela produção e venda, se vão rotativamente transformando em dinheiro.

Disponibilidades

Conjunto constituído pelos bens que são, ou se podem transformar rapidamente em meios monetários. Estão neste caso, entre outros, os seguintes bens: Caixa, Depósitos Bancários, Aplicações Financeiras de Curto Prazo.

Existências

Conjunto de bens que se destinam à venda (mercadorias e produtos acabados) ou à transformação para posterior venda (matérias primas, subsidiárias, etc.).

Dividas de Terceiros

Conjunto constituído pelos direitos, ou seja pelas dividas que terceiras entidades têm para com a empresa, isto é, pelo direito que a empresa tem em receber esses valores.

Passivo

Conjunto de obrigações que uma entidade tem para com terceiros. O passivo é tradicionalmente dividido em:

Exigível a curto prazo = Passivo de Funcionamento

Obrigações que uma entidade tem de solver até um ano a contar da data do balanço. EX. Dividas a fornecedores, etc..

Exigível a médio ou longo prazo = Passivo de Financiamento

Obrigações que uma entidade tem de solver a mais de um ano a contar da data do balanço. EX. Empréstimos bancários.

Capitais Próprios

Conjunto de valores que pertencem à própria entidade até a sua dissolução ( excepto feita aos resultados que serão alvo de eventual distribuição aos sócios/accionistas).

Os capitais próprios são constituídos basicamente por:

Capital
Reservas
Resultados Transitados
Resultados Líquidos


Capital


Valor que os sócios/accionistas colocaram na entidade para que esta possa iniciar e manter a sua actividade.

Reservas

Valores que surgem basicamente por três vias: pelas reservas obrigatórias, reservas de reavaliação e reservas especiais.

Reservas Obrigatórias

Conjunto de Valores que são retirados aos resultados para ficarem retidos na empresa com um determinado fim (resultados que não foram distribuídos aos sócios/accionistas).


Reservas de reavaliação

Conjunto de valores que surgem pelo facto de terem sido feitos ajustamentos monetários. O mais usual é proceder-se à reavaliação dos imobilizados. Reavaliar é colocar um bem ao seu valor actual (valor real).
Estas reservas não significam entradas de meios monetários, mas simplesmente dão uma informação mais correcta do valor do património da entidade.

Reservas especiais

Conjunto de valores que surgem essencialmente pelo facto de ter havido um aumento do activo sem qualquer contrapartida. Estão neste caso os subsídios que não se destinam à exploração nem ao investimento.

Resultados Transitados

Conjunto de Valores que surgem pelo facto de não se ter dado ainda destino aos resultados líquidos de anos anteriores e assim se encontram numa situação de espera.

Resultados Líquidos

É o valor do resultado do exercício, ou seja, é o valor que ficou depois de aos proveitos, terem sido abatidos os custos necessários e os impostos sobre lucros. Este valor será depois distribuído de acordo com a decisão dos sócios/accionistas.

Resultado Liquido = Proveitos – (custos + impostos sobre lucros)

Hipótese de distribuição:
Reservas
Distribuído pelos sócios/accionistas
Outros destinos

Amortizações

Em termos contabilísticos tem o mesmo significado que depreciação.
À medida que os Activos Imobilizados envelhecem, passam necessariamente a valer menos. A amortização é pois a diferença entre o preço de compra (eventualemnte realizado) e o valor actual do bem.
A amortização é o valor que vai ser retirado ao imobilizado e que se traduz numa redução do resultado positivo do exercício ou do aumento do resultado negativo do exercício.

Provisões

Valores criados por uma questão de prudência, sempre que alguns valores constantes no activo (Existências, Dividas de Terceiros e Investimentos) possam não valer os quantitativos por que estão registados. As provisões são então constituídas pela diferença entre os valores registados no balanço daqueles bens e o valor que consideramos mais provável.
As provisões traduzem-se, como as Amortizações, numa redução do resultado positivo do exercício ou num aumento do resultado negativo do exercício.

Demonstração de Resultados

É o quadro onde é demonstrado o Resultado do Exercício. Na demonstração colocam-se em evidencia dois factores que são:

Proveitos E Custos

E o Resultado é a Diferença entre eles

Proveitos – Custos = Resultado

Se Proveitos > Custos = Resultado Positivo (lucro)

Se Proveitos < custos = Resultado Negativo (prejuízo)

Custos

São diminuições nos benefícios económicos durante o período contabilístico na forma de exfluxos ou depreciamento de activos ou na incorrência de passivos que resultem em diminuições do capital próprio, que não sejam relacionadas com distribuições do mesmo aos sócios.

Proveitos

São aumentos nos benefícios económicos durante o período contabilístico na forma de influxos ou aumentos de activos ou de diminuições de passivos que resultam em aumentos de capital próprio, que não sejam relacionados com entregas dos sócios para o mesmo.

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