sexta-feira, dezembro 01, 2006

A Imprensa enquanto parceira estratégica

Actualmente a relação das empresas com os media é de amor-ódio; ou seja, grande parte das vezes a empresa acredita que a aproximação com os media gera mais problemas que soluções.

O problema desta relação é que ela tem de existir. Na sociedade de informação actual procurar suprimir a relação com a imprensa, porque ela tem os seus defeitos e incorrecções, é um erro ainda maior.

É inequívoco que os meios de comunicação social são fundamentais para fomentar o debate construtivo de ideias, mas também para alertar que estão na primeira fila para relatar se algo correr mal.

Para esta relação funcionar ambas as partes têm de:

a) saber claramente o papel que cada parte desempenha;
b) clarificar as fronteiras entre o que é o espaço de uma entidade e da outra;
c) compreender-se mutuamente como parceiras com vista ao desenvolvimento social;

Com estes pressupostos em mente, há que lembrar os valores a adoptar pelas partes implicadas: transparência, profissionalismo e respeito.
Cultivar esta relação e torná-la duradoura é um óptimo pressuposto para construir uma imagem positiva.
Há amores que valem a pena. Este é um deles, por mais conturbado que possa parecer.

1 comentário:

Domingos Pereira disse...

Acrescento alguns pontos.

1. A função da imprensa é informar. Dado isto a relação amorosa entre os media e as empresas deverá ser claramente de transparência e não de rivalidade e ambição. Mas esta função de informar pode criar um conflito em torno do que se diz publicamente e do que se trata realmente. Se muitas vezes os media são o parceiro ideal para promover a marca/produto/serviço poderá também ser o inimigo número um.

2. As empresas têm uma obrigação para com a sociedade, dado que é a partir desta que gera as suas margens de lucro.

3. Estes dois elementos de grande poder, as empresas e os media, têm ambas a obrigação de transparência, não só pelo que é dito mas pela forma como é dito porque ambas vendem à sociedade o seu produto.

4. Os interesses económicos dos media misturam-se com os das empresas e vice-versa. Os media são geridos por autênticas empresas e as empresas são autênticas forças de informação.